relationship between nutrition and sleep

RELAÇÃO ENTRE NUTRIÇÃO E SONO

 

A nutrição e o sono são processos indispensáveis ​​e essenciais para a nossa existência. É certo que uma alimentação equilibrada influencia muito o nosso sono porque alguns alimentos fornecem nutrientes precursores de hormônios que regulam o ritmo circadiano, a melatonina (reguladora do ciclo sono-vigília) e a serotonina (hormônio do bom humor) cujo a produção depende da disponibilidade de triptofano, um aminoácido precursor desses hormônios. Continue lendo para saber mais.

Por que o sono é tão essencial?

O sono é importante para o processamento neurológico e recuperação fisiológica; confere benefícios importantes para a saúde mental e física, afetando assim o bem-estar emocional, a função cognitiva, o desempenho diurno e a saúde física. 

De quanto sono profundo precisamos? A curta duração do sono, inferior a 7 horas por noite, está associada a um maior risco e incidência de doenças cardiovasculares e maus resultados de saúde cardiovascular, incluindo hipertensão, hipercolesterolemia, enfarte do miocárdio e acidente vascular cerebral. O sono, quando insuficiente, está associado ao aumento da inflamação que sobrecarrega os sistemas imunológico e antioxidante do corpo. No entanto, os estudos mais recentes mostram que estes efeitos podem ser revertidos através da obtenção de um número adequado de horas de sono.

importance of sleeping

Relação entre nutrição e sono

O sono é o período de descanso durante o qual o nosso corpo é introduzido num determinado estado, tanto físico como psíquico, que se caracteriza por uma suspensão da consciência e da vontade. Um ciclo regular de sono e vigília garante a correta produção hormonal e, consequentemente, o equilíbrio certo entre a atividade diurna e o descanso noturno. É, portanto, um processo, que ocupa cerca de um terço de toda a nossa vida, indispensável para a nossa saúde e que é influenciado por inúmeras variáveis, incluindo a alimentação.

Entre alimentação e sono existe uma relação muito estreita, regida por dois hormônios, a leptina e a grelina, que são responsáveis ​​por regular respectivamente a sensação de saciedade e apetite. Se, por exemplo, você passa uma noite sem dormir ou tem dificuldade para dormir, observou-se que ao acordar a tendência é escolher alimentos com alto teor calórico, ricos em gordura e açúcar que aumentam significativamente a ingestão de calorias, facilitando um aumento de peso. Algumas horas de sono estão associadas a uma redução significativa da leptina, o hormônio da saciedade, e a um aumento da grelina, o hormônio do apetite.

Nutrição e sono: o que comer?

Existem alimentos capazes de promover o sono porque estimulam a produção de melatonina, ou o chamado hormônio do sono: produzida pela glândula pineal ou epífita, a melatonina tem a função fundamental de regular o ritmo, denominado circadiano, do ciclo-vigilância do sono do nosso organismo. É uma substância denominada “hipnofavorecedor” que promove o relaxamento de diversas funções vitais, reequilibrando a relação entre a atividade diurna e a fase noturna, necessária à recuperação física e ao bem-estar mental.

A relação entre alimentação e sono é de mão dupla: quanto mais equilibrada e saudável for a alimentação, melhor será à noite e vice-versa. Observou-se que principalmente os alimentos açucarados estão relacionados à dificuldade de dormir com despertares noturnos frequentes e, por outro lado, a boa qualidade do sono favorece a liberação de leptina, que, como visto acima, controla a estimulação do apetite, permitindo assim gerenciar seu peso corporal.

Para garantir um equilíbrio adequado entre sono e nutrição, é aconselhável seguir algumas boas práticas e identificar quais os alimentos para dormir melhor. Aqui estão os alimentos para favorecer um sono melhor:

  • Prefira alimentos ricos em cálcio, magnésio e vitaminas do grupo B porque podem promover relaxamento do corpo;
  • Escolha alimentos que contenham triptofano, aminoácido facilitador da produção de melatonina, como arroz integral, leite, legumes e vegetais de folhas verdes (como espinafre, alface, aspargos);
  • Quanto às proteínas, é aconselhável dar prioridade à anchova – sardinha, anchova, cavala, etc – porque é rica em Ómega3;
  • Prefira métodos de cozimento simples que não exijam adição de gorduras, como cozimento no vapor, grelha ou papel alumínio;
  • Faça refeições leves à noite, deixando a maior ingestão de calorias no café da manhã, almoço e lanches.

spinach

Nutrição e sono: o que evitar?

Para garantir um descanso ideal, é importante estar atento a certos alimentos que você deve evitar antes de dormir. Um sono reparador, essencial para regenerar o corpo e evitar o aparecimento de stress e preocupações, está intimamente ligado à nutrição.

Saber quais alimentos são preferíveis para consumir antes de dormir e quais não são, é a chave para garantir um relaxamento completo à noite. Às vezes, acontece de recorrer a refeições rápidas e prontas como jantar, mas muitas vezes estas acabam por ser ricas em gordura e difíceis de assimilar com tempos de digestão muito longos. Portanto, é aconselhável evitar ingerir os seguintes alimentos antes de dormir:

  • Evite frituras, molhos, doces recheados, embutidos (salame, linguiça, mortadela), que são de difícil digestão, dificultando o sono;
  • Evite consumir alimentos ricos em açúcar, como pastéis, doces ou sorvetes, pois necessitam de longos tempos de digestão;
  • Evite bebidas que contenham substâncias excitantes, como a cafeína, presente no café, no chá, nos energéticos e assim por diante. O chocolate também contém substâncias capazes de estimular o corpo e neutralizar o sono;
  • Não tome bebidas alcoólicas: ao contrário do que se possa pensar, o álcool não concilia o sono, pelo contrário perturba o sono, tornando-o mais distante e intercalado com despertares, até o sistema cardiovascular deve “desacelerar” já 30 minutos antes de dormir.

Nem todo mundo sabe que a dieta mediterrânea pode promover um equilíbrio adequado entre sono e vigília. A dieta mediterrânica, incluída na Lista do Património Cultural Imaterial da UNESCO desde 2010, baseia-se nos alimentos típicos dos países ribeirinhos do Mar Mediterrâneo e caracteriza-se pelo amplo consumo de fruta, vegetais inteiros e cereais e pela utilização de azeite extra virgem.

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